Uma multidão
E solidão
Uma paixão
Até duas paixões
E solidão
Uma alegria
Uma tristeza
Um tédio
Uma euforia
Um amor para sempre
Uma mentira para sempre
A vida para sempre
A morte na certa
E o entre...
Em mim...
E agora?
Um foda
Uma soneca
Muitas gargalhadas
Todo o silêncio
Um desenho
Páginas em branco
E entre...
No mundo...
E agora?
Todo carnaval tem seu fim
Aquela fome
A inapetência
O entorpecente
O antagonista
Um cheiro
A boca aberta
Pênis
Buceta
Fluidos
Membrana
Entre...
Agora.
domingo, 31 de março de 2019
terça-feira, 19 de março de 2019
Comprimido Diário - xx
Prezado, fiz o teste. Se eu te consumo, minha voz altera, eu fico sem controle na respiração, talvez porque ela passe a ser controlada por você. Porém, com você a coisa parece estar sob controle no corpo, ele fica manso. A sensação de vazio aumenta, os pensamentos suicidas continuam nos primeiros 30 dias. Te falei, mata. Ontem apontaram a minha expressão alterada, olhei e vi, alterada do manso, estava com algum desconforto cujo nome não alcancei. Sinto oscilações, inclusive no corpo, lado esquerdo ao longo do corpo, algo que passa e me causa agonia. Dessa última, o pensamento traz automaticamente a possibilidade do ansiolítico. Como vou viver sem a minha voz? Como vou viver sem você?
segunda-feira, 18 de março de 2019
TERREIRO AMBULANTE - ÚLTIMO DIA
Se hoje fosse o último dia ela viajaria até ele e o amaria muito, até o fim.
domingo, 17 de março de 2019
sábado, 9 de março de 2019
É TEMPO DE AXÉ
- Vai abrir a porta do terreiro? Já estou indo.
- Me chame.
Ela foi e voltou duas vezes, Babá. Quase desistiu. Fazer refeições juntos parece coisa de quem escancarou a porta. E é. E a porta do terreiro dela, por que não atravessou? Agora é solo de baixo acústico cantando "o morro não tem vez".
Quando o silêncio chegar vou dar play pra escutar a sua voz. Agora não posso. Há crianças pulando numa cama elástica. Elas cantam quando é tocada a música do carnaval desse ano. Cantam o maior sucesso das últimas paradas da cidade. Enquanto pulam enquanto cantam, eu aguardo o silêncio chegar. Sua voz me acalenta mas eu duvido. Duvido do ser humano. Eu sou o movimento desfocado de uma corda tensionada em algum instrumento musical enquanto é tocada.
Me faça sucos. Raízes e frutas e folhas. Há dentro de você uma planta crescendo. É lindo. Um milagre. Meu coração agora está cheio de esperança na vida.
Será uma criança filha da terra de andarilhos desse Brasil. Essa gente que vive com muito pouco que o pouco povo dá. Trabalha essa gente. Unem nações. Ainda é um coração batendo e neurônios avançando a todo vapor.
Faz tempo não sinto arrepios.
O cão não se conteve, sem desconfiança, parecia saber da presença germinativa antes. Incrível. Presente.
Será uma criança filha da terra de andarilhos desse Brasil. Essa gente que vive com muito pouco que o pouco povo dá. Trabalha essa gente. Unem nações. Ainda é um coração batendo e neurônios avançando a todo vapor.
Faz tempo não sinto arrepios.
O cão não se conteve, sem desconfiança, parecia saber da presença germinativa antes. Incrível. Presente.
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