terça-feira, 21 de junho de 2011

Saudade dela....

Acabei de tentar sublimar os pensamentos afogados, como todo mês. Já fiz a cena típica da inveja do sexo oposto: destratei com meu mau humor a pessoa que eu amo e que me acompanha na rotina cruel e também no desvelamento da felicidade em momentos únicos. Enfim, fiz essa poesia ridícula porém válida sobre este momento no qual mistura-se a posição diante da vida, mistura de passado e presente, e a retenção de líquido (sem contar com a influência da lua, meu corpo aquático influenciável gravitacionalmente!).

Dói, de vez em quando, mas dói
Confesso o quanto chorei
Antes do sinal avisar

Vem sugando toda minha água
Nem lembro de sublimar
Retendo toda a minha alma
Sintoma, choro e penar
Santa de pau muito oco
Esqueço de me alimentar
Aturo burrice dos outros
Aquele que sabe tão pouco
Pode até se danar

Queria ter a vida simples dos bobos
andar como um roto
ser assim todo o mês
Quem dera minha cabeça pensasse
Não só por uns dias mas a eternidade
Em ser homem talvez

Vai e volta
Dói, de vez em quando...

Estou enfrentando uma tristeza particular. Minha filha está incomunicável desde a sexta-feira, portanto há quatro dias, devido à visita periódica à casa daquele cujo sangue corre em suas veias.
Aí, faço eu uma visita a minha biblioteca biográfica eletrônica e, dentre tantos títulos, encontro: “para mariana”. Aquele frio na barriga de susto. Se para mim fosse fácil acreditar em sobrenaturalidades, poderia ser até uma mensagem do além, mas remeti meus pensamentos instantaneamente às perguntas: “Eu escrevi esse texto?! Para mim mesma?” Dedos ágeis pelo teclado, abri o arquivo em BrOffice.org e não pude conter minhas lágrimas de saudade, emoção, tristeza, estresse e tudo mais que é possível uma mulher sentir nesse período tão delicado, descrito no início deste texto, que poucos homens têm a sensibilidade de compreender (o meu respectivo, por mais sensível que eu o julgue, não possui!). Eis o texto lido, originalmente em fonte Times New Roman, tamanho 100! Sem erros de ortografia!

“Eu te amo, te adoro muito.


Você é a mulher mais rica do país e do mundo inteiro e a mais generosa.


beijos e tchaus.”

Antes, estava procurando uma saída para essa dor da saudade, mas longe do amor não há... De qualquer forma qualquer parte de mim a acompanhará, e muito dela estará sempre em mim.