quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Queria me achar,
tamanha é a dor que sinto neste momento.
É isso que eu sinto neste momento,
muita dor
Se o mundo pudesse amenizar,
eu gostaria
mas é o mundo o causador disso tudo
Sou eu no mundo
Um erro fatal
Que cambaleando aprendeu a andar
para cumprir o que chamam de acertos
Mulher, da frustração da mãe
O que eu não quero ser.
Mas ela nunca amou!
Não sabe o que é amar!
Não me ensinou
Não me acarinhou
Não me auxiliou a construir
Auto estima
Lhe faltou coragem para isso
E assim, eis que está
Lixo
Nocivo
Mortífero

domingo, 16 de dezembro de 2012

Resgate popular

a mudança pode vir de diversas formas. Os que ouvem Magary Lord estão a salvo do pagode da Bahia. Essa coisa de mudança tem a ver com o meu dia hoje, mas não tanto da forma divertida quanto está presente nesta música. 

MUDANÇA - Magary Lord



Hoje é dia de mudança
Embala, simbora amor
Hoje é dia de mudança
Embala, simbora amor
Pega a geladeira, o fogão enferrujado, a minha foto 3x4 e o copo que é de vidro
Embala, embala amor
Tome cuidado com o espelho da porta do guarda-roupa
Não esqueça da coleira do cachorro que eu deixei na sala
Pega a geladeira, o fogão enferrujado, a minha foto 3x4 e o copo que é de vidro
Embala, embala amor
Tome cuidado com o espelho da porta do guarda-roupa
Não esqueça da coleira do cachorro que eu deixei na sala
Ventilador, pode fazer calor na nova casa
Ferro de passar, liquidificador, faz vitamina
Mudança pra lá (eei), mudança pra cá (eei)
Um copo d'agua
Mas tá calor, tá calor, tá calor
Carrega pra la (eei), carrega pra cá (eei)
Um copo dágua
O meu fusca cabe tudo (4x)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

TRAVESSIA (Milton Nascimento)

Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

E por falar em mudança
Vou inventar uma canção
Em meio aos meus pesares e ais
Dentro da bagunça da casa
Da cama vazia
A noite lá se vai
Vou ficar sem o meu cigarro pronto
Sem o barato tagarelante
Sem a sua barba irritante
a fazer cócegas até eu gritar
E pedir pra você parar
Te bater, e morder
Talvez você também lembre do tempo
em que fui flor
E de chegar tão perto
Virei espinho
Incapaz de viver sob o mesmo teto.

sábado, 8 de dezembro de 2012

E o amor?

Eu? Eu nem sei o que dizer. Estou pensando que a vida é louca e na pouca probabilidade exsitente de você assaltar os meus escritos. Eu sei o que me dizer. Talvez este seja um dos últimos cigarros na nossa cama dividida. Em breve tudo será só seu. Não tenho outra opção. A não ser que você desista, que deixe de me temer, ou que acredite em mim. Mas acreditar é algo muito pessoal. Tem quem acredite até em quem nunca viu! A maioria das pessoas, aliás. Não eu. Persisto na crença naqueles que eu amo. Mas isso também é coisa muito delicada. Isso passa muito longe do romantismo. Acreditar em alguém é acreditar no que eu vejo, e por isso é complicado também. É no que eu vejo em você e não no que você pensa que é. Na verdade, não importa quem você pensa que é. O que importa é que você se pareça com o que eu desejo ver em você. E o que eu tenho visto é um homem cheio de potenciais. Eu vejo um homem cumprindo suas metas e revertendo-as em dinheiro todos os dias, um homem que curou o seu analfabetismo digital e me deu aulas diárias de geografia e história mundial, um homem diante do qual eu fui eu, sem ficar pensando muito sobre mim, sem vergonha da minha fragilidade e dos meus sofrimentos, sem vergonha para a minha loucura, procurando limites para o meu desespero. Você, com certeza, sabe muito sobre mim. E, com certeza, sabe que eu sei muito de você. Talvez o meu jeito sem vergonha tenha ofendido a sua respeitosa pessoa. Para mim não há um homem mais respeitoso do que você. Seus exercícios paternos são memoráveis, sou testemunha disso. A única coisa que eu não consigo enxergar é a mim tomando o lugar da sua doença, até porque é dificil acreditar uma pessoa ser a doença de outra pessoa. Como se dá isso? Parece até história de super heróis! É como se eu fosse de kriptonita, a te enfraquecer. Será isso? E o amor? O que é o amor senão um trabalho árduo. Você pode estar cansado, mas todo dia é dia de trabalho. O meu jeito ditador foi herança do meu avô, ele me acordou assim durante alguns meses que morei na casa dele. A insensatez herdei de meu pai, com a seus modos rudes, seu temperamento impulsivo e exibicionista. Aprendi a fazer revoluções começando por mim mesma, nesse dezembro completando os seus nove anos de início. Encontro-me tão doida agora que nem o choro vem. Os incômodos consequentes da má formação da minha ossatura bulco-maxilar são precisos ao me informar da minha alteração emocional. Tudo parece um sonho ruim e a qualquer hora eu posso acordar. Assim, eu posso viver um dia após o outro. Mas, na verdade, não dá.