I - INTRODUÇÃO
O presente trabalho é o resultado de uma entrevista
com uma mãe de uma criança de 6 (seis) meses a respeito da sua gestação e do
desenvolvimento dessa criança. As respostas intercaladas pelo estudo da matéria
de Desenvolvimento Humano I, irão compor a produção do texto apresentado. Vale
ressaltar que o nome da entrevistada e o nome da criança não serão revelados
por questões da ética da Psicologia, assim iremos chamar a mãe de N. e a
criança de O.
II – DESENVOLVIMENTO
O encontro para a entrevista deu-se na residência da
entrevistada, onde permaneceram eu, a mãe e a criança, todas sentadas no chão
em cima do emborrachado disposto na sala de estar, local do brincar para a
criança e lugar central do imóvel. A família
nuclear é composta por mãe, pai e filha – O. tem 6 meses e, portanto, está na primeira
infância, período compreendido entre o nascimento aos 3 anos da criança,
conforme a divisão dos períodos do ciclo de vida considerados pelas sociedades
industriais ocidentais (PAPALIA, OLDS, FELDMAN; p. 52). N. tem 30 anos, é
nutricionista, trabalha fora de casa e contribui com a renda familiar de
maneira equitativa com o pai da criança. Eles configuram uma família de classe
média na cidade de Salvador, realidade que contribuirá para uma “qualidade do
ambiente no lar e no bairro, da assistência médica e da educação escolar”
(PAPALIA,OLDS, FELDMAN; p.56) afastando a criança da possibilidade de exposição
a fatores de risco. Filha única da sua
família de origem, N. conta que a gravidez já fazia parte dos planos, e assim,
após um ano do casamento, O. foi concebida naturalmente. O pré-natal (fase da
concepção ao nascimento) se deu de forma tranquila e saudável, porém sem
atividades físicas. A mãe absteve-se de bebidas alcoólicas e deixou de comer
doces, carne vermelha, arroz e macarrão, por conta dos constantes enjoos. Aos
nove meses de gestação, de parto cesáreo, com o apoio de familiares e amigos,
nasceu então O., com 3,8 Kg e 47 cm, sem qualquer doença congênita ou
intercorrências no parto. A partir daí, a vida da criança começa a mudar quantitativamente
enquanto cresce e aumenta o seu peso, alimentando-se de leite materno
exclusivamente até os 5 meses, quando N. retornou ao trabalho e a deixou sob os
cuidados de uma babá, a quem é apegada. Hoje aos 6 meses, O. mede 72 cm e pesa
8,10 Kg, sua alimentação já é composta de papinhas de frutas e legumes e
carnes, e nunca utilizou chupetas e mamadeiras.
Tem apresentado assim um desenvolvimento físico saudável. Suas
habilidades motoras se desenvolvem a cada dia. Com brinquedos específicos para
a sua idade, O. faz uso de forma adequada, segurando no lugar correto,
movimentando argolas com os dedos e passando os objetos de uma mão para outra
ou os levando à boca. Vira o corpo de um lado para outro e senta ainda com
ajuda, mas permanece na posição independente de apoios. A única doença até
agora foi uma crise de rinite alérgica, herdada do pai (de quem herdou também o
comportamento durante o sono, caracterizado pelas posições idênticas, segundo
conta N.). O seu desenvolvimento cognitivo é estimulado rotineiramente com a
disponibilidade de brinquedos, na leitura e o seu contato com o livro, além da
televisão e das músicas. Nas conversas com seus entes queridos, costuma emitir
seus sons particulares no treino da fala e já balbucia “mamã”. Sabe distinguir
rostos conhecidos e chora quando alguém que não reconhece lhe dirige a palavra.
Assim, a criança costuma responder aos estímulos com entusiasmo, atenção e
interação, contribuindo de forma qualitativa para o seu desenvolvimento
psicossocial.
III – CONCLUSÃO
Através da entrevista com base em parte da teoria do
desenvolvimento humano, foi possível observar pontos das características de uma
criança na sua primeira infância, examinando as influências normativas etárias
que atuam sobre ela.
VI – REFERÊNCIA
-
PAPALIA, Diane E.;OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento
Humano. Tradução: Carla Filomena
Marques Pinto Vercesi ... [et. al] . 10ª Edição. Porto Alegre: Editora AMGH, 2010.