Composição: Ogden Nash - Kurt Weill
Speak low
When you speak love
Our summer day
Withers away
Too soon, too soon
Speak low
When you speak love
Our moment is swift
Like ships adrift,
Were swept apart
Too soon
Speak low
Darling speak low
Love is a spark
Lost in the dark
Too soon, too soon
I feel
Wherever I go
That tomorrow is here
Tomorrow is near
And always too soon
Time is so old
And love's so brief
Love is pure gold
And time a thief.
We're late,
Darling we're late
The curtain descends,
Everything ends
Too soon, too soon
I wait,
Darling I wait
When you speak low to me,
Speak love to me and soon.
sábado, 22 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Menina Maluquinha
- Mãe, eu sei porque você não ia se matar...
- É? Por quê?
- Porque você não vive sem mim, e eu estou aqui!
Conversando sobre sua aula de violão, ela disse que faria um livro de músicas, mas de músicas que já existem. Eu retruquei: "músicas que já existem?". Ela imediatamente colocou: "Mãe, você faz poesias, então você poderia fazer um livro com suas poesias!" O livro já está a caminho, eu esclareci, e ela perguntou o título. "Desassossegada", já tem a foto da capa e tudo. Eu pensei em um outro nome, "Argolas", então ela disse: "é melhor, você sabe quanto menor o nome, mais fácil de produzir..."! De onde veio este ser prestes a completar 8 anos de nascida, capaz de fazer tais colocações, tão sóbrias, opiniões tão particulares? Talvez seja corujisse de mãe na sua primeira viagem.
Hoje, sexta-feira, dia de levar um brinquedo para a escola. A professora já apreendera dois dos brinquedos que levou fora desse dia e que havia me garantido não usar dentro da sala de aula. Não bastou o compromisso com a palavra, talvez essa seja uma das oportunidades para se tratar do conceito de confiança, compromisso, e assim o fiz. Afinal, crianças não nascem sabendo! Hoje, sexta-feira, ela resolveu não levar um brinquedo, mas vestir seu equipamento de segurança para andar de patins – cotoveleiras, joelheiras e capacete. Tudo rosa, cor que não é mais a sua predileta, agora é o azul. Quando a vi toda encasacada nesse dia chuvoso, equipada, perguntei: "As pessoas não vão rir de você?" Ela prontamente responde: "Tem problema não!" É o seu desejo acima de tudo, acima da opinião alheia, sua segurança, segurança de si. Coisa que quando criança eu não tive, mas hoje queria ter.
No dia das crianças o seu presente foi o livro "O Menino Maluquinho", de Ziraldo, publicado em 1980. Ela já o havia trazido da biblioteca da escola e declarado a sua identificação com a história, detalhando inclusive parte do texto no qual isso acontecera: "(...) tinha dez no boletim que não acabava mais. E ele dizia aos pais cheio de contentamento: Só tem um zerinho aí. Num tal de comportamento" (coincidentemente achei o livro marcado nesta página!) Esse livro sempre esteve disponível na casa me meus primos, e eu nunca inclinei qualquer interesse, mas antes de comprar para minha filha, realizei a leitura completa e, nossa! Como é.... Criança! O livro conta a história de um menino que... fazia as mesmas coisas que ela faz! Risca, recorta, inventa, lê, brinca, canta, dança, chora, joga futebol... Eu quem identifiquei a minha filha na leitura, acredito que muito mais do que ela.
Ontem fui dormir pensando nisso tudo que estou escrevendo hoje, pensando também nas minhas tantas angústias. Hoje ela sai toda segura de si, sabendo inclusive do lucro de alegrar as pessoas caso deem risadas da sua apresentação. De como é possível em meio a minha dificuldade de viver ter no meu seio familiar uma criança tão sadia, tão cheia de tantas coisas para oferecer ao mundo e colher dele. Eu disse a ela, achando ensinar alguma novidade, que é preciso ter coragem para viver, para sair de casa, e ela disse: "Você tem razão, tem ladrão, tem os carros..." E eu disse: "Tem gente." Mas disso ela não tem medo. Ela não tem medo! A maioria das mães, mesmo inconscientemente, desejam realizar-se em seus filhos quando na vida adulta. Eu já sinto a realização, porque com certeza ela crescerá e se transformará numa pessoa legal, aliás, na pessoa mais legal do mundo, mas uma pessoa legal mesmo! Assim como O Menino Maluquinho que no final da história todo mundo descobre que não tinha sido um menino maluquinho, mas que tinha sido um menino feliz! (Contei o final da história! Rsrsrsr).
- É? Por quê?
- Porque você não vive sem mim, e eu estou aqui!
Conversando sobre sua aula de violão, ela disse que faria um livro de músicas, mas de músicas que já existem. Eu retruquei: "músicas que já existem?". Ela imediatamente colocou: "Mãe, você faz poesias, então você poderia fazer um livro com suas poesias!" O livro já está a caminho, eu esclareci, e ela perguntou o título. "Desassossegada", já tem a foto da capa e tudo. Eu pensei em um outro nome, "Argolas", então ela disse: "é melhor, você sabe quanto menor o nome, mais fácil de produzir..."! De onde veio este ser prestes a completar 8 anos de nascida, capaz de fazer tais colocações, tão sóbrias, opiniões tão particulares? Talvez seja corujisse de mãe na sua primeira viagem.
Hoje, sexta-feira, dia de levar um brinquedo para a escola. A professora já apreendera dois dos brinquedos que levou fora desse dia e que havia me garantido não usar dentro da sala de aula. Não bastou o compromisso com a palavra, talvez essa seja uma das oportunidades para se tratar do conceito de confiança, compromisso, e assim o fiz. Afinal, crianças não nascem sabendo! Hoje, sexta-feira, ela resolveu não levar um brinquedo, mas vestir seu equipamento de segurança para andar de patins – cotoveleiras, joelheiras e capacete. Tudo rosa, cor que não é mais a sua predileta, agora é o azul. Quando a vi toda encasacada nesse dia chuvoso, equipada, perguntei: "As pessoas não vão rir de você?" Ela prontamente responde: "Tem problema não!" É o seu desejo acima de tudo, acima da opinião alheia, sua segurança, segurança de si. Coisa que quando criança eu não tive, mas hoje queria ter.
No dia das crianças o seu presente foi o livro "O Menino Maluquinho", de Ziraldo, publicado em 1980. Ela já o havia trazido da biblioteca da escola e declarado a sua identificação com a história, detalhando inclusive parte do texto no qual isso acontecera: "(...) tinha dez no boletim que não acabava mais. E ele dizia aos pais cheio de contentamento: Só tem um zerinho aí. Num tal de comportamento" (coincidentemente achei o livro marcado nesta página!) Esse livro sempre esteve disponível na casa me meus primos, e eu nunca inclinei qualquer interesse, mas antes de comprar para minha filha, realizei a leitura completa e, nossa! Como é.... Criança! O livro conta a história de um menino que... fazia as mesmas coisas que ela faz! Risca, recorta, inventa, lê, brinca, canta, dança, chora, joga futebol... Eu quem identifiquei a minha filha na leitura, acredito que muito mais do que ela.
Ontem fui dormir pensando nisso tudo que estou escrevendo hoje, pensando também nas minhas tantas angústias. Hoje ela sai toda segura de si, sabendo inclusive do lucro de alegrar as pessoas caso deem risadas da sua apresentação. De como é possível em meio a minha dificuldade de viver ter no meu seio familiar uma criança tão sadia, tão cheia de tantas coisas para oferecer ao mundo e colher dele. Eu disse a ela, achando ensinar alguma novidade, que é preciso ter coragem para viver, para sair de casa, e ela disse: "Você tem razão, tem ladrão, tem os carros..." E eu disse: "Tem gente." Mas disso ela não tem medo. Ela não tem medo! A maioria das mães, mesmo inconscientemente, desejam realizar-se em seus filhos quando na vida adulta. Eu já sinto a realização, porque com certeza ela crescerá e se transformará numa pessoa legal, aliás, na pessoa mais legal do mundo, mas uma pessoa legal mesmo! Assim como O Menino Maluquinho que no final da história todo mundo descobre que não tinha sido um menino maluquinho, mas que tinha sido um menino feliz! (Contei o final da história! Rsrsrsr).
terça-feira, 18 de outubro de 2011
O tempo que me tem
Eu queria ter o tempo
Mas é o tempo que me tem
Fazer a roda viva
girar como a pomba gira
Fazer o gosto de quem me quer bem
Eu queria ter o tempo
Mas é o tempo que me tem
Fazer juras e promessas
Ter muito tempo para cumprir
Achar o meu achado
No prazo determinado
Correr aqui e ali
Eu teria mais trabalho e nem precisaria domir
Deitaria no seu colo, esqueceria de mim...
Mas é o tempo que me tem
Vive a me possuir
O meu querer não adianta
Fico deitada na cama
Esperando ele vir
Mas é o tempo que me tem
Fazer a roda viva
girar como a pomba gira
Fazer o gosto de quem me quer bem
Eu queria ter o tempo
Mas é o tempo que me tem
Fazer juras e promessas
Ter muito tempo para cumprir
Achar o meu achado
No prazo determinado
Correr aqui e ali
Eu teria mais trabalho e nem precisaria domir
Deitaria no seu colo, esqueceria de mim...
Mas é o tempo que me tem
Vive a me possuir
O meu querer não adianta
Fico deitada na cama
Esperando ele vir
domingo, 9 de outubro de 2011
Gota de felicidade
Quero uma gota do que chamam felicidade
Só uma gota
Encharcaria o meu corpo inteiro
e eu sairia dessa agonia
Só uma gota de felicidade
eu me embriagaria
mataria a minha sede
assim com certeza eu correria para os seus braços
e diria: "não vá com tanta pressa"
"Ainda há tempo para mim?"
O seu ódio dissolveria com o meu corpo
Seus desejos como uma planta eu regaria
Eu só quero uma gota do que chamam felicidade
Assim eu viveria
E amanhã eu seria bem mais
Feliz
Só uma gota
Encharcaria o meu corpo inteiro
e eu sairia dessa agonia
Só uma gota de felicidade
eu me embriagaria
mataria a minha sede
assim com certeza eu correria para os seus braços
e diria: "não vá com tanta pressa"
"Ainda há tempo para mim?"
O seu ódio dissolveria com o meu corpo
Seus desejos como uma planta eu regaria
Eu só quero uma gota do que chamam felicidade
Assim eu viveria
E amanhã eu seria bem mais
Feliz
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