Enquanto incendeiam o país, o mar de Salvador remedia o meu dia. Parece até milagre existir uma relação entre o corpo humano, transhumano, e a praia, O cão nada comigo. O país está incendiando mas eu peguei a máquina concertada pela cidade baixa, fui parar na areia. O homem que ficou parado em pé na porta antes de eu abrir, suponho que desejava ser reconhecido como guardador saiu frustrado, pois não disse pra que veio. Só não entendi porque o homem tocou fogo no mato em frente a uma câmera na estrada e depois saiu de moto. Se não fosse o cão esse homem teria dito pra que veio? Outro homem devora um peixe frito todinho pra ele sentado na areia, e eu bem sei o valor disso assim como os pombos que se aglomeraram nos restos mortais da refeição. Eu nadei sem muito esforço na piscina salgada e consegui estabilizar o meu humor, enquanto o país pega fogo. Eu em Salvador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Segundos Saberes (para o seu comentário)