quarta-feira, 25 de abril de 2012

Minha cabeça anda erguida
E assim eu vejo o céu da janela
De frente para uma rota de aviões
Em sentido destro
Porque a rosa-dos-ventos não cabe em mim
O norte de alguém tem sentido?
O sul já foi escrito?
Quem nasceu no leste?
Ou se opôs no oeste?
Enfrento o tédio procurando desejos
Encaro o medo do que já conheço
Penso até em fazer justiça
Muito longe de chegar as minhas mãos
Não quero este, nem aquele
Muito menos ele
Me agarro a ela
Então na cabeça rolam pedras para uma poesia
A doença toma meu corpo e tenho pouca paciência
Deitada, percebo a bipolaridade
Do meus estômago, do intestino
Da minha saliva
Quero murchar as folhas de uma rezadeira
Afastar esse mal-estar
Quero jesus cristo crucificado por minha dor
Deus dizendo que vai passar
Quero maria me enchendo de graça
E, no bar satanás, minhas mágoas afogar
Porque em mim a rosa-dos-ventos não cabe
E meus pensamentos de nada valem

2 comentários:

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