Ao lado do relógio parado
Há o relógio à pilha funcionando
Ao lado do relógio do mundo
Há o relógio do meu braço pulsando
Assim, acordo todos os dias
Quando é dia
Espreguiço e levanto, andando
Faço o círculo do meu dia
Às vezes obrigada a ficar de pé
Ou sentada, conforme comando
Sem espreitar a caça
Mas o próprio ser humano
Aguardando a volta do final
Dos trinta dias
Do meu relógio pulsando
Para enfim encher um carrinho de mercado
Retornar à casa e, por mais trinta
Sentir que estou me alimentando
E pagando
Vestindo
Por vezes rindo
Dormindo, acordando
Levantando, espreguiçando...
Decido ser velho, como dizem que é o mundo
No seu relógio que não funciona
Agora estou pensando.
Olá, querida. Primeiro agradeço por passar lá pelo meu blog. E também devo dizer que adorei essa poesia. bjs
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