terça-feira, 5 de dezembro de 2017

EXcertos

A coisa é o seu oposto. O oposto da verdade não é a mentira, é a palavra. A palavra reta, analítica. Nisso há o amor, por conseguinte, o ódio. Tão verdadeiros quanto a palavra. Então eu amo (odeio) (verdade) (palavra). Faço uso de um expandidor de mentes. A palavra é uma mentira, representa algo que não está ali. E eu vi a negativa. Essa prática como pesquisa é sei lá o quê. Porque sei que lá em algum lugar saberá. Lá depois de essas palavras que eu escrevo terem saído do meu corpo. É incrível e certo.
Atiro-me à criança. Criança é trabalho. Houve trabalho. É como um cão. Mas a criança piscava os olhos pra mim, repetidas vezes. Pisquei os meus pra ela e soltei-lhe um beijo.
Há quem diga que é questão paterna. Os pedaços e sonhos tentam juntar pedacinhos , enfiando cenas com cola falhada. Nem consegue colar. Porque não cola. Dorme cedo, bem cedo, logo chegará um novo dia. Lide com pedaços, coisas inteiras são quebradiças.
E vai chegando dezembro. Vai chegando dezembro e muita memória. Vai chegando dezembro e eu queria cantar parabéns com todos desde que ele surgiu. Se já sou chorona e tudo é motivo pra choro, eu choro. Acho que encontrei Juno. Ainda não sei. Parece que sim.  Meu dimon é um cão. Um cão.
Parei pra amar. É uma delícia. Onda do mar macia em barra do gil. Mar que salva a alma do dia. Parei e amei. Pensei e falei, que a vida doi. Depois levantei e andei. Anuviei, o amor nunca cicatriza. Nunca cicatriza. Cicatriza o amor. Cicatriza. Eu quero essa costura perpassando poros. Mucosas e células mortas brotando da minha cabeça. Que coisa sexual de tanto cabelo nessa cabeça.

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