terça-feira, 24 de maio de 2011

Dia viva sem vida

Palavras já ditas, saturadas, descansadas, gritadas, enraizadas. Atitudes com raiva, ódio, sintoma. Desestrutura mental, visual, casual. Tremor no corpo inteiro. Desmotivação, depressão, exagero, tristeza, melancolia. Burrice, labirintite. Todas as inflamações possíveis. Sem remédio, no tédio, na paralisia, na agonia. Angústia de viver, dificuldade de viver, imcompreendida, gasta, arrastada, derrubada. Caída, deitada. Arrasada. Descansada. Preguiçosa, mal alimentada. Dia sem alma, sem vida, sem nada. Vazio de ar podre, usado, respirado. Estômago na boca, útero nos poros, olhos no escuro, pernas, braços, cabeça, pescoço, cobertos. Barulho infernal desse silêncio não dito, maldito. Quanto custa a palavra? Quem disse que eu queria aprender a falar, escrever? Foi só pra sobreviver... E agora, por que não posso falar? Pensar já é falar? O que eu faço com as ondas da minha cabeça? Afogo você? Ou aprendo a nadar?

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