terça-feira, 20 de setembro de 2011

Papel de Carta

É possível retirar pessoas da nossa vida? Tenho cá minhas dúvidas. Andei fazendo faxina no meu facebook e solicitei ao meu marido que realizasse a mesma ação no dele. Pessoas que não fazem parte da minha vida efetivamente ou que somente mantêm uma relação profissional devem permanecer na minha rede virtual. Eu decidi que não. Ainda não trabalho e nem lucro com a divulgação da minha intimidade. Tem aquelas pessoas que eu pouco vejo, mas o carinho ainda existe. Tem aquelas que eu pouco vejo e não merecem mais o carinho. Tem aquelas que eu pouco vejo e nem tem sequer carinho. Tem aquelas as quais quero atingir com as palavras publicadas, aquelas pessoas de opiniões interessantes e ligadas na informação. Tem as pessoas amadas, pessoas a quem desejo que sempre leiam minhas publicações... Exclui algumas da rede, mas não dá para excluir da vida.

Sabe aquele texto de Chaplin "Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso."? É bem por aí, um dos textos que estão num caderninho de coleções de frases que tenho desde que comecei a imitar os bons hábitos de minha irmã mais velha. Eu copiava as frases dela, depois passei a capturar as frases alheias sozinha, depois passei a eu mesma escrever as minhas frases. Tenho esse caderninho até hoje. Na capa há uma montagem escrito "Frases" e dentro eu percebo a evolução (para pior, é óbvio!) da minha caligrafia com o passar do meu tempo de vida. Lembrei agora que ela também tinha uma coleção linda de papéis de carta, mas essa eu não consegui copiar porque, pensando bem agora, o que há de interessante em colecionar papéis enfeitados e sem nada escrito? Ela estimava a coleção, uma pasta espessa, papéis lindos e sem sinais de amassos. Nem sem o que aconteceu com eles...

Neste exato momento a escrita vem como remédio, calmante para a minha alma. Tantas confusões mentais, tanta poesia sem registro vem na minha mente... Na beira do rio da loucura. Nem lago, nem dique, nem praia. O rio é da loucura mesmo, que leva as ideias para a imensidão que é o mar do pensamento. Freud escreveu um livro chamado "Projeto para uma Psicologia Científica" tentando normatizar, fisiologizar o aparelho psíquico. Penso que foi em 1895. Li, ou fingi que li (sabe como é fingir que leu? rsrsrs), exaustivamente este texto e pensei não haver retido nada, pois o sujeito que resolveu dizer que conhecia o texto, na época estudado na Confraria dos Saberes, por pouco não me fez desistir de Freud (será que era esse o objetivo dele??? Se quiserem saber o nome depois eu divulgo! Não o indico a qualquer pessoa como parceria para o exercício da psicanálise!). Então, o livro trata disso, e vai ser maravilhosamente elaborado no clássico freudiano "A Interpretação dos Sonhos", de 1900.

Quero escrever mais sobre isso depois... escreveria hoje até dormir....

2 comentários:

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