segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Ôi, nhonhô
Quando tu seguras aquela cobra verde
Pela cabeça
Tenho medo, nhonhô
De cobra verde tá morta
Pendurada toda enrolada no galho
Pensei que tava morta
Que era de mentira aquela cobra

Ai, nhonhô
Tu pegaste pela cabeça aquela cobra verde
Me disseste que era de verdade
Cobra mansa ou preguiçosa
Cabeça em sua mão que é minha, nhonhô
Tenho medo de nunca mais passar por ali sem tu

Cobra viva
Cobra verde
Tua mão a leva ao muro
Divisor de casa desabitada
Tu me mostra, nhonhô
Ela está viva e pode ir
Verde, verdinha
Tal qual a cor da esperança

Eu me faço de argila
Em verde
Converso com espelho
Me vejo craquelar
Meu nhonhô
Tenha pena de mim
Porque deus não deu
Asas à cobra
De teimoso e preguiçoso que é

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