sexta-feira, 13 de abril de 2018

Agora é a hora. Basta usar a matemática. É tudo pra depois da morte. A vida é muito curta. Quase duas horas. Tenho me sentido cada vez mais sozinha. Essa coisa de cantar é um bem e um mal. Sinto apenas que sou um instrumento de motivação alheio. Me falta objetivo, projetos, razão de ser. Vou pra análise, às vezes choro, às vezes me vejo bem, bem como todo mundo acha que é bem. Mas em mim é tudo o contrário. Minha voz está imensa, afinada, todo dia eu trabalho.

["Tenho tido dois pensamentos sobre isso: se isso nao é um sentimento dos dias de hoje e se não é uma forma depressiva para a qual nos endereçamos com certa frequência."]

Talvez as duas coisas. Aí eu pergunto: ora bolas, não era isso que você queria? Por que cargas d'água não se aquieta? E não tenho resposta. Estou chorando menos, acho que aprendendo a chorar por dentro. Tento sentir as cascas, não tem cascas, tem uma película, cheia de olhos, bocas voz, narinas.

["Como o cada um vai lidar com o desaparecimento da convivência para a focalização na produtividade (inclusive de si, haja visto as redes virtuais), é a questão pra mim."]

Estou solitária na rede virtual. É tudo uma coisa só. Todo mundo está morto. Que produtividade é essa? Nem convivência, nem produtividade. Tudo está morto. Sou de Peixes. A maré tá seca.

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