terça-feira, 17 de abril de 2018

Há algumas noites elas me protegem o sono
Juntas no mar, na praia, brincávamos nas poças quentes
Mergulhos e jacarés
E saudade do que nem se pensava que estava por vir
No quarto, os móveis imutáveis, agora desengastados por não sei quem, elas promoviam uma nova arrumação
Isso era sempre um feito meu
Surpreendida, observei tudo lá de cima, onde eu fugia das brigas, onde elas nunca queriam ficar
Agora o sino da minha aldeia adotada me informa que mais uma hora vai começar a passar
E que muitas horas desse dia já morreram
E o quanto é triste ver chorar enquanto come
Aquela que estava protegida
Por elas enquanto dormia

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