segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Parada e ereta. Não, não estou parada. Estou respirando, embora à noite não consiga fotossintetizar. As outras ao entorno estão inclinadas, curvadas. Elas são desse jeito mesmo. Assim elas procuram a luz, envergando-se. Talvez de minha parte nasça uma flor rosa. Essa flor bem parece comigo mas nasce rosa enquanto eu busco a luz do sol assim quieta respirando. Outra parte de mim vai no fundo desta terra muitas vezes seca mas molhada a tempo suficiente de eu não murchar ou morrer. Sobrevivo com pouca água, confesso. Daqui estou de frente pra um outro ser cuja água sai das duas bolas pequenas e bem próximas que se mexem e também se contraem, fecham e abrem. Veja! Lá vem o dia! O azul do céu! Um passarinho piando baixinho. A luz me faz viver mais até chegar o dia de me tornar apenas uma folha seca no chão.

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