terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Depois dos estilhaços de grama

A ressaca foi tão forte que amanheceram os garis desenterrando os barcos de madeira na praia. Era um barco pintado de azul, eu vi parte dele. De repente uma napa imensa azul é sacodida pelos homens e eu jurava que aquilo antes era a água do mar com a areia da praia e a grama. Sacodiram tão forte que os estilhaços da grama cortada vieram parar na minha cama! Ah! Eu tive que levantar! Desci com o cão na guia e fiz uma oração pra que hoje ficassemos livres das ameaças de morte ao visitar a praia. Descemos pela praia dos pescadores e fui andando em direção à prainha já com o cão solto. Aquelas pedras todas haviam sido cobertas pela areia com a ressaca. Caminhei macio na lisura daquele chão úmido. De longe avistava o cão e assoviava em vão pra ele vir. Tudo limpo. A ressaca limpou tudo da beira. Tirei as sandálias e desejei sentir a temperatura da água. Confortável. O cão retornou alegremente e nos banhamos às sete horas da manhã na água morna da prainha deserta.

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