quarta-feira, 28 de março de 2012

Eu não consigo ficar em silêncio

Nem quando preciso

meu corpo fala

Minha mente às vezes até grita

E eu choro

também fico doente

Demente

Minha falta fala por mim

Durmo, então meu sonho mexe,

briga, angustia, trabalha

Coisas que a boca não sabe dizer

Desperto porque, de repente, uma mosca me acorda

Continuo a dizer

Como é difícil calar

Como é difícil amar

Talvez tenha preguiça de viver


Palpitação

Música, poesia

Cinema

Ausento-me com a minha zoada

Calada teimo em dizer

Até a agonia passar

A palavra certa encontrar

o som da minha voz com o exercício da minha língua

Ecoar

E o meu peito parar de doer

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