domingo, 15 de outubro de 2017

Sentir o corpo a docilizar em milímetros. Uma luta contra uma grande força. Um choro contido. Lombar, ranger dos dentes, insônia, perda de apetite, auto-mutilação e conta bancária.
Queixa.
Doce queixa.
O sino da minha aldeia começa todo dia às sete. Ele é holofotado e nesse dia me tira da lama. Um mar fétido, sujo, meus pés fogem desse esgoto mas uma onda vem como um cobertor gigante, eu me agarro à areia seca, colo minha cara no chão, ela vem passando por cima e eu não posso fugir. Deixar vir e torcer pra que nenhum pingo toque no meu corpo entregue ao chão de areia.

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