terça-feira, 10 de julho de 2018

Eu visitei aquelas terras da infância enquanto meu pai assumia a direção. Fiquei estarrecida com a devastação. Acabaram com a floresta e assim o cheiro daquele caminho. Eu chamei por deus de tão assustadora aquelas imagens. Eu sabia o que a havia ali, naquela curva, naquelas retas, naquela ladeirinha, e contestava quando meu pai dizia que eu estava enganada. Agora eu via a terra nua, algumas hortas eapalhadas, algumas casas mal acabadas, uns verdadeiros barracos, e muito pó subindo em meio ao sol. Nada de sombras das árvores. Nada de árvores. Acabaram com tudo. Eu estava muito indignada. Alguns latidos eu ouvi. Latidos de cães famintos, magros, pobres, eu imaginei. Não sabia para onde estava indo. Assisti apenas a passagem e essa paisagem agora inóspita. Nem sei se era tristeza dentro de mim.

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