domingo, 28 de abril de 2019

A janela com folhas, daquelas janelas de casarões, estava sendo fechada porque (como não vira isso antes?) ladrões poderiam a qualquer tempo subir a rampa gramada até lá. Nada de grades. Mais que uma rampa, a janela estava na crista do morro. Que felicidade olhar aquele verde vivo e o mar lá embaixo, poças em pedras cheias de patos! Patos pelas poças sendo recolhidos pelos pescadores para fora. Mas que diabos estão fazendo? São patos imigrantes, não podem manejá-los, eles sabem porque estão ali naquele mar. A ignorância às vezes é mesmo uma santa. Deixados os patos, gritos para uma cadela amiga convidado-a subir no morro. Sobem dois cachorros desconhecidos. Tudo bem, está tudo bem, podem ficar aí do lado de fora. Um menino da infância também surge enquanto os trincos da janela estão sendo fechados.

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