sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um reggae por emoção

Nunca gostei de reggae por preconceito. Ele me levou na Rocinha a muito tempo, muitos anos atrás... Imagine! Isso lá é lugar pra levar alguém?! E nem de reggae eu gostava!rsrsr

Mas hoje eu digo que conheço a Rocinha de Salvador. Lugar excluído, proibido, aquela portinha que ninguém imagina o que passa lá por dentro. Vi um barranco com casas, plateia pisando no barro, qualidade baixa de som, mas um palco armado.

Passa o reggae, pobreza, marginalização, drogas, simplicidade. Não só passa, tem o povo dessa cidade.

Em 1998 aprendi por osmose um cd inteiro da banda Adão Negro, pois estive na ilha de Itaparica com meus primos e amigos. Fomos avisados pela anfitriã : "cuidado com os ciganos, não deixem suas coisas do lado de fora da casa..." kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! E, dos tantos cds que levamos, os ciganos só deixaram esse!

Em 2003 conheci um lindo admirador do ritmo. Admirador de cães, da história do mundo, da geografia, do mar... Então ele me apresentou o que eu não via, pude enxergar sem preconceituar, juntamente com o meu afeto agora direcionado a esta criatura que mudou e vem transformando a minha vida, o meu eu, o meu processo de existir e assumir o meu ser.

Tem um detalhe: meu pai possuía long plays originais (eh, claro! não se pirateava LPs!!!) de Bob Marley, e quando comprou o seu primeiro aparelho de som com leitura de CD, adquiriu também uma coletânia de Edsom Gomes, que colocava pra tocar em altíssimo volume, numa equalização ensurdecedoramente grave, e ainda, com o seu companheiro dos finais de semana - o copo com whisky e água de côco.

Um dia, já casada com aquele lindo admirador, chorei emocionada, quando ele, brincando com minha filha, a carregou no colo enquanto tocava a música que postarei a letra a seguir. Momento marcante, para os três com certeza. Essa música transformou-se em um dos temas deles dois, pois existe um outro que é DON'T GO BREAKING MY HEART, de Elton John.

O segundo show de reggae que fomos juntos (porque o primeiro foi na Rocinha!), esteve presente Adão Negro, amigos de longas datas dele e admirados por mim desde a intervenção dos ciganos, e Steel Pulse, banda inglesa com 34 anos de reggae, influência para Bob Marley e já premiada com o Grammy. Fiquei encantada, inclusive porque não houve qualquer sinal de violência dentro do local, tudo na mais perfeita PAZ e no AMOR!

Aí, vai então, o reggae, ritmo que me conquistou pela emoção.

Me Abrace
(Edson Gomes)
Tom: Am
Intro: Am C F G

Am
Deixe disso menina
Chegue junto minha filha
C
Me dê um sorriso, me abrace
Am
Me abrace
F C
Sei que estive muito longe
F
Quando estou no reggae
G
Eu fico longe
F C
Eu estive muito longe
F
Quando estou no reggae
G Am
Eu fico longe (Longe)
G Am
Mas agora estou aqui(bem perto)
G Am
Bem pertinho pra sentir(my love)
F Am
Pra você não reclamar
G Am
Vou lhe dar o meu carinho (É justo)
G
Vou cuidar
Am
Vou chegar junto de vez
F Am
Pra você se orientar, baby
F Am
Pra você se ajustar

F C
Sei que estive muito longe
F
Quando estou no reggae
G
Eu fico longe
F C
Eu estive muito longe
F
Quando estou no reggae
G Am
Eu fico longe (Longe)
G Am
Nosso amor tem tanto tempo(muito tempo)
G Am
Não podemos nos perder, não
F Am
Você vive a reclamar
G Am
Eu tambem estive muito tenso(muito tenso)
G Am
Melhor então eu dar um tempo
F Am
Pra você se relaxar, baby
F Am
Namorar e delirar
F C
Eu que estive muito longe
F
Quando estou no reggae
G
Eu fico longe
F C
Sei estive muito longe
F
Quando estou no reggae
G
Eu fico longe
Am
Deixe disso menina
Chegue junto minha filha
C
Me dê um sorriso, me abrace...
Am
Me abrace

Um comentário:

  1. E um dos cds roubados foi o meu!!!kkkkkkkkkkkkkkkk
    Também não conheço muito de reggae, o que sei é de Edson Gomes (e por causa de papai!) e gosto de ouvir de vez em quando. Não sei se iria a um show; por preconceito mesmo, talvez...

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