quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Escolhas

A revista Superinteressante faz tempo não é tão interessante. Minha crítica vai para o teor fútil e superficial das suas reportagens. Penso que uma reportagem séria tem seu custo, principalmente para uma revista brasileira.
Lembro de meu pai ter contratado a assinatura mensal da revista quando eu era criança. Nunca chegava o exemplar. Sabe-se lá o que acontecia... A assinatura foi cancelada, eu acho.

Meu marido vira e mexe adquire exemplares quando a matéria principal chama a sua atenção. Ele adora revistas, não se concentra muito em livros como eu, mas esse funcionamente rende-lhe sua atualização com o mundo, com as novidades. O telejornal eu aprendi a assistir com ele, e descobri que a minha atenção auditiva juntamente com a visual não se dão muito bem. Hoje eu ouço telejornal, prefiro o rádio à televisão. Entre um filme legendado e dublado, prefiro o primeiro, os sons são algo secundário num filme para mim, salvo os filmes nacionais, pois domino a minha língua pátria. Não tenho paciência para desenhos animados, às vezes assisto ao Os Simpsons, pelo conteúdo, pois o gráfico é muito pouco atraente!

Retornando à revista, encontrei num desses exemplares adquiridos cuja matéria principal é sobre os sonhos. Meu contato com a teoria da psicanálise tem uns 6 anos, minha biblioteca é composta principalmente com exemplares desse conteúdo. A teoria freudiana costuma me alimentar quanto aos assuntos psicológicos. Mas não comecei a escrever para falar dos sonhos. O que me chamou atenção foi uma sessão (da qual também retirei algo sobre os sonhos num exemplar encontrado dentro de um dos veículos que me levam ao trabalho), chamada PAPO. Nessa edição o título é: "Não escolha demais. Seu cérebro pode pifar", com texto de eduardo Szklarz numa entrevista à Sheena Iyengar, deficiente visual e professora de negócios da Universidade Columbia. Algo muito breve, conforme perfil da revista, mas interessante para mim, pois havia constatado isso desde que me tornei consumidora independente - meu salário, meus gastos. O que essa moça declara tem um sentido lógico. Vou transcrever uma parte para não violar os direitos autorais da revista:

"(...) quanto mais opções temos, mais esse processo [de escolha] fica pesado e confuso. Acabamos sobrecarregados. E nos sentimos obrigados a escolher só porque só porque as opções estão disponíveis. (...) Precisamos ser estratégicos. Quanto mais você simplificar ou delegar escolhas que não são importantes, mais recursos mentais terá para as que importam. Para mim, é importante pensar sobre como vou organizar um estudo. Não Não me importa tanto o que vestir para ir ao trabalho. Em 3 minutos decido a roupa e o sapato, e assim elimino decisões que ocupariam meu tempo. (...) O que digo é: escolha bem o momento em que vai fazer suas escolhas."

O quanto o aspecto cultural interfere nesse processo de escolha é fundamental. Assim vivo e sofro por viver numa sociedade capitalista, e brasileira, que recebe todo o lixo de tudo quanto é canto do mundo! Mas às vezes as oportunidades são únicas, ou se escolhe ficar parado na inércia ou agarrar. Até para gastar dinheiro tem que ter oportunidade (de tê-lo na conta!). Opto sempre pelos meus momentos de satisfação. Não sei se entrar na minha angústia toda semana é algo tão lucrativo, os momentos de prazer são raros nessa vida e eu não sei quando morrerei.

Enfim, passei aqui para corrigir os erros de digitação deixados nas últimas postagens e acabei escrevendo. Meu remédio...

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