quarta-feira, 3 de julho de 2019

Era novamente arrumar o necessário e sair da cidade. Estado de emergência. Cada um com os seus e o cão solto. Cadê o cão? Cadê o cão? Que tristeza a mochila nas costas e a falta do cão... Ele virá... Um macho encontra a fêmea com seu faro por qualquer caminho, quando ele quer. Está tudo escurecendo, há muitos perigos. Se a memória está nos corpos através das palavras, a fuga é para um quilombo.  Os pulsos unidos guardaram a memória dos punhos amarrados e chamaram isso de uma manifestação de um espírito obsessivo. Fumaça e sinais de matança e correria. A cada 23 minutos um preto é morto. Onde está o quilombo nesse novo globo que vigia até o crescimento de pêlos pubianos? Onde está o quilombo nessa terra matada mais um pouco a cada dia? Um quilombo em qualquer lugar de esperança e ação.


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