terça-feira, 2 de julho de 2019

O chão do mar


Mergulhava em água límpida e salgada bem fundo, cheios de oxigênio os pulmões. Um mergulho nas nuvens de tão suave. Pensava no medo. Mas só pensava. Por milésimos de segundo pensava. Pelo resto do tempo mergulhava simplesmente. Havia testemunha durante essa ação. Tal qual um peixe ágil, muito ágil, chegava perto do chão do mar e desviava. Que coisa linda! Que água quente! Essa é a fonte do ser? Há luz do sol no chão desse mar. Antes e depois do mergulho foi esquecido. Pouco importa o mergulho. Deve ser essa a visão da morte. A morte é bem-vinda.

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