domingo, 3 de setembro de 2017

Nunca houve diferença. Sempre tudo misturado. Brincadeiras misturadas, corpos misturados, mulheres fálicas. Desnecessária a inveja porque nada havia pra isso se manifestar. Talvez o camarão de capote e a crença no casamento - nunca pode acabar. Muitos gritos e ofensas e murros nas paredes e embriaguez. É chegada a hora do lazer. Embriaguez. A hora do samba com aroma de churrasco e cloro. Prato com farofa voando. O breve divórcio. Radinho de pilha estraçalhando. Eu sentada na escada chorando. Por quê? Porque não é possível que aquilo tem nome de felicidade. Onde estará o meu amor? Cheguei a arrumar tudo. Seria muito legal. Seria uma amizade. Será isso? Uma amizade?  Antes de tudo é isso. A coisa mais sincera que pode ser oferecida a alguém.

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