A solidão se perde no coro da música. Ali tudo pode acabar. Ali acaba a minha guerra. A busca pelo outro ali acaba e ninguém mendiga ninguém porque no coro da música é todo mundo consciente de sua partícula voz.
Se pedem o bis sempre o terão. Essa é a parte do que ainda resta da perda da solidão. É sempre uma surpresa.
O corpo que canta se expande na verdadeira energia do ser humano. A própria máquina se desorganiza e cria um só órgão sem formas. O coro é uma emanação dos corpos. A voz cantada é o desprendimento dos órgãos setorizados cujo nome lhe deram corpo.
A felicidade e a entrega despudorada e pacífica está nas vozes ritmadas por algumas horas. A paz está em poucas horas. O amor é trabalhar para que existam poucas horas de vozes em coro.
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