O meu cavalo manso e teria que esperar a embarcação para atravessarmos o mar em direção a nossa casa. Enquanto isso, confraternizávamos entre familiares, amigos em um vilarejo.
Buscava um colete salva-vidas, havia de ter um colete salva-vidas - a busca era um tanto desconfortável, mas a coragem não faltaria pra atravessarmos juntos.
Carregava no colo uma criança linda e sorridente, erguendo-a enquanto mirava em seus olhinhos bem vivos. Havia uma tarefa de reunião escolar, coisa agora recalcada apesar dos esforços em trazer à tona.
Então o pressentimento confortou o Real. Quem atenderá ao pedido de socorro enquanto a onda vem arrebatar uma mulher e um cavalo e uma criança? Transcrições apagadas e o meu dedo sob o ecrã teima em escrever em caixa alta. O mar é meu eu que agiganta mergulhado nesse Outro. Uma tristeza, porque a tristeza é a mãe da alegria.
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Cada espelho amortece a mira agigantada do eu, barra ele. Talvez o Outro seja a dose do Real, ainda que seja a Muerte.
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