A GAIOLA
(Mariana Magalhães)
Cantava meu curió e eu não sabia
Tristeza ou alegria?
Sonhava com o meu curió
A gaiola se abria
Ele de tão preso nem saía
Sofria meu curió
Cativeiro malvado tão amado
Bem pequeno e asseado
Cantava pra me ver acordar
Eu imitava meu curió
Mas o dedo nele eu não tocava
E por que , meu curió?
Sua água eu trocava,
seu alpiste eu assoprava,
casca de ovo eu limpava e pendurava
Assobiava quando eu passava
Mas de nada adiantava
Sonhava, meu curió?
algum passarinho o visitava
Mas seu sossego atormentava
Batia suas asas alvoroçadas
Eu desejava, meu curió
Tantas vezes sua gaiola eu deixava
Aberta a porta, escancarada
Pra ver só se você voava
Mas que nada, meu curió
Natureza condicionada
Por uma raça mal amada
desnaturada
Eu chorei, meu curió
Vi suas pálpebras inchadas
Suas asas agitadas
Mesmo com suas garras recuperadas
Eu sofri, meu curió
Sem escolha na sua estrada
Tanto tempo para nada
Morrer preso numa gaiola
Bem bonita, toda dourada
E de nada adiantava
Aêeeeeee!!! Muitos aplausos!!!!
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