quarta-feira, 26 de abril de 2017

o Menina baiana - claquete 26

CENA: Sem sinal

O AMIGA:  Vamos ter fé!!

O MENINA: Sem a fé de que é possível fazer algo, fica difícil. Incrível. Veja: a cartomante parece que tá acertando mesmo. Quero acender uma vela. Qual a vela que acendo pra essa alegria? Ao menos isso tem me dado alguma alegria.

O AMIGA: Como faço? Quero ir na cartomante. Rosa pro amor...

O MENINA: Verde, de esperança. Eu e minhas ideias! Como você está? Vou te mandar uma música que eu achei bonita.

O AMIGA: Meio apaixonada...uma ansiedade...

O MENINA: Escute essa que pode aliviar. Eu tô caminhando e constatando, mas não que eu acredite nela [ri] Fui lá quando estava me sentindo assim, apaixonada e ansiosa. Me causou um alívio, porque ela fala as coisas numa segurança impressionante. Depois me aborreci. Ela falar do meu futuro porque eu paguei pra isso! Mas agora que a revolta passou, estou vendo que a saída pra tudo é fé e amor.


"É tão bom quando a gente se entrega à beleza, se sente em total realeza com a natureza e o amor, é tão bom quando cicatriza uma ferida abrindo as portas da vida prum beija-flor te beijar, é tão bom quando a gente tem fé e acredita que existe uma vida bonita como quem cultiva uma flor, é tão bom não se desesperar com besteiras nem levar a sério as asneiras que algum ser humano tramou, é tão bom ir colando os pedaços da vida e sentir toda ira incontida que teima em queimar todo ser é esquecer toda a mágoa que molhou teus olhos, saber que no fundo unicórnios, pavões e mistérios no ser, há" (Luiz Caldas)



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