quinta-feira, 13 de julho de 2017

o Menina baiana - claquete 154

O MENINA BAIANA: Sinto que algo vai mal no meu corpo por dentro. A dor aponta do lado esquerdo e insiste. o Menina baiana: ensaios (música + trechos)/ show / livro / teatro. Aprender inglês com Caetano , mágoa de Londres. Eu fui à Londres já em pesquisa, estudamos A Negativa juntos, na cama. Eu gosto tanto de ficar com assim com você. Lembro de uma irritação diante da minha falta de palavras sobre a leitura. É assim mesmo. Eu volto à ela e me emociono. Camus é profundamente mais revoltado que eu. Rebuscadamente contemplativo. Eu ainda não sei porque a data treze de julho foi escolhida pra ser comemorado o dia da cantora e do cantor. Agora tem que escrever assim. Eu entendo, é um direito de escolha que a palavra dá. Porém... Olhe bem para o transgeracional. Eu transgeracionei, eu transgeraciono, tu transgeraniocionas, ele ou ela transgeracionam. Estou lendo.

TRANSGERACIONADOR: Entendi que são lembranças, marcas transmitidas de geração a geração, mas de forma inconsciente.

O MENINA BAIANA: São transmitidas porque são inconscientes. Logo na introdução ela fala de uma "malha grupal do psiquismo". Simbólico, imaginário e "eixo da transmissão psíquica geracional" - são elementos do inconsciente. Lacan fala de simbólico e imaginário e real.

 TRANSGERACIONADOR: Esse Lacan me mata.

O MENINA BAIANA: Ele facilita a morte! Os textos são "vinhetas analíticas". A psicanálise se atualizando. Porém não vejo assunto muito atual, tudo é sintoma, estão chamando de geracional porque tem a ver com os traumas recorrentes que vão à clínica. O mal-estar. É um prazer que nunca irá deixar de me acompanhar, cada passada de olho em algum livro, ela vem pra mim. Mas não sei se volto à academia. Depois que descobri que existe o título de doutor honoris causa, aí é que não vou mesmo. Meu título eu mesma tô tratando de me dar! Isso é uma pérola!

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