sábado, 22 de julho de 2017

o Menina baiana - claquete 164

CENA: Luzes apagadas e água do mar transparente


O MENINA BAIANA: As peças que quebram a minha cabeça são minhas. Já te disse que quero paz. O que chamam de arte? Por que me diz que falo como uma artista? Sei lá o que é ser artista! Eu quero criar e expandir minha mente, eu quero oxigenar meu cérebro e parar de temer os buraquinhos juntinhos colados que ainda de longe, bem de longe, apertam o meu peito. Buracos. Buraquinhos não. Buraquinhos é coisa de quem domestica os buracos. Vou dispensá-los. Pode custar bem caro. Dizia Ubaldo: dinheiro pouco eu tenho muito. Quero verdade. Se ela não existe, só vou saber se continuar buscando. O nome é cancha, e não canja. O nome é palinha, não palhinha. O nome é apresentação.

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