segunda-feira, 7 de agosto de 2017

o Menina baiana - claquete 183

CENA: Trava língua


O MENINA BAIANA: Eu sei entrar e sair e olhar pra quem eu quero. Eu dei a volta pra fazer visitas. O som esteve muito bom. Menos os pastéis de bacalhau. Nem com azeite. Nunca mais. Nesse rio vermelho eu faço voltas, vou no samba. Sou grata a você pelo silêncio. Pra mim, isso não se faz. Isso de pausar caracteres. Existem cumprimentos básicos e simpáticos emojis. Mas silêncio? Silêncio é pra chamar o som? Morte súbita? Sinto muito. Já não fica mais no meu estômago ou fazendo tremer o meu corpo. Fica numa rua da minha fronte. Faço o trabalho de compreensão. O silêncio se não está para o som, está para morte. Que assim seja se assim prefere. Morra.

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