terça-feira, 8 de agosto de 2017

o Menina baiana - claquete 185

O MENINA BAIANA: Se todo dia houvesse rede em alto mar eu viajaria com você. Nao, não é romantismo, é o que chamo de espírito. Você fala alma. Que sou sua alma. Até quando? Sempre, você diz. Eu não tenho o futuro. Tenho apenas ensaios programados. Essa coisa que alguns desejam, essa coisa de só eu e você, eu estou fora disso.  Você sabe. Esse silêncio que fica, voce sabe cuidar. Eu sei cuidar. O silêncio quando é um silêncio entre almas é sempre um cuidado diante dessa distância navegando até tomar onde está a sua raiz. E quando o próprio dedo tem boca, dentes, fala, tem olhos. Uma cara no dedo indicador com vida própria, exigindo viver, chorando de fome, se queixando porque está mal cuidado por mim, pois não aceito aquela vida andando na ponta do meu dedo. Cara feia. Horrorosa. Algeum me dizendo que eu devo cuidar.
Você veio
Tomar
Minha alma
Tomar
Sou você
Em terra à vista mar
Você veio
Tomar
Maré alta e mansa
Pra eu cheirar
E te responder
Se o seu corpo é bonito
Tomar
Meu corpo dizendo sim
Enquanto dançamos pela cidade
Tomar
Na beira do mar
Tomar
Banho com você
Porque
Eu não sei nadar
Tomar água de côco
Na beira do mar
É o que tenho pra lhe dar
Tomar
Lembranças
Dessa ilha baiana
Que cá está
Tomar


Enraizada

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