terça-feira, 1 de agosto de 2017

o Menina baiana - claquete 177

CENA: Cochicho


O MENINA BAIANA: Ainda estou e entendo que você sente a minha presença. O imaginário é proibido de criar expectativas em relação a você. Você é o ar, vem fazendo redemoinhos no mar e depois parece que nem brisa faz. Você também está, como é possível. Eu te entendo. A paixão entra. O amor entra e sai. A paixão arrebenta. O amor acalenta e vai. Quero dizer pra você que te amo. Acho que já lhe disse antes. Mas quero dizer agora, mesmo sendo dois pontos, nós dois, nessa distância que percorreu carta na garrafa ao mar até você estar. É a Bahia, é Salvador, rio vermelho quando a sua mente lhe trai. Ainda sou menina baiana, meu existencialista ateu sem rótulos. Sou menina baiana e nem precisa se mexer enquanto há língua. Pode ir, mas volte de vez em quando, lembre-se de mim, sob o céu da baía.

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