quinta-feira, 10 de agosto de 2017

o Menina baiana - claquete 191

O MENINA BAIANA: O sol voltou a brilhar na cidade esses dias e eu gosto de sentir a quentura no meu corpo, o suor escorrendo enquanto eu ando pela praia. Do lado de lá uma missão acaba de ser cumprida e alguém se sente feliz, quando eu pergunto pela felicidade. A pergunta é devolvida e eu, após longos segundos de silêncio, digo que sim. Digo que sim, se saudade é ter felicidade, eu penso e não digo. Se chorar fizesse brotar dinheiro, diria que sim. Por enquanto, eu canto e isso de nada vale. O tempo resolveu me calar por duas semanas. Nada de cronograma, joguei fora. Sinto a contradição digna do absurdo. Cantar pra quê? A segunda língua está vindo pra mim como fendas mentais. É bonito. A música é o instrumento. Eu ontem agradeci tanto à Marisa por isso. Input, input, input. Ah, sobre o bom dia que recebi hoje, com flores, senti nada. O tempo já me trouxe calos. Sobre a voz que escutei ao acordar, o tempo me trará o alento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Segundos Saberes (para o seu comentário)