quinta-feira, 1 de junho de 2017

Diante do incompreensível
Vou me acovardando
acho que algo vai mal e passa pelo meu sangue
Quero trocar de sangue
Quero sangue novo
Meu sangue novo
Todo dia parece que troca uma parte do que mancha a roupa
Eu me confundo com as manchas
A minha cara que gosta de elastecer em gargalhadas fica dura e a boca não abre
Combinei de me divertir
Combinado
A minha liberdade se dirige à angústia
A minha esperança me aprisiona
E a carne treme involuntariamente
Os meus lábios
O pedaço na perna logo acima do joelho
Outro pedaço no braço
Um sacode
Sacode mamãe
Sacode tudo
o que há de incompreensível
Sacode e pensa
No eterno retorno
Assujeita-se
ao eterno retorno


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