domingo, 18 de junho de 2017

o Menina baiana - claquete 128

CENA: Speak low to me

O MENINA BAIANA: ah, tá. Sim. Poderia dizer  o que gostei sim. Eu gostei. Vi crianças dançando , bons atores trabalhando. Encenar é sempre  é um importante movimento. São tantos teatros nesse mundo! Depois eu desci à piedade bem rápido. Um beco sem saída à direita. Andei bem rápido, quase correndo. Sempre fui desastrada correndo, caindo. Travessia. Eu sozinha quando me despedi de meus pais. É sozinha. Cada um tem os seus problemas. O meu seria descer sozinha à piedade? Eram​ quase dez e daí? É sozinha e daí? Toda menina baiana tem medo e daí? Agora é o menina baiana mesmo. Vou falar com ela. Espero algumas respostas quanto ao trabalho. Travessia. Estou na canoa dos druidas. A parede de brumas me envolve também com seus buracos. Tem volante, eu seguro enquanto fumo. É tudo uma bruma só com buracos. Buraco daquele que fura a fila do teatro e eu muito cansada de ficar indignada e provocar uma reflexão (ou não) no foyer. Eu preferi comer bolinho de estudante a um passo da fila. É tudo só. A força que tenho agora é a meu favor nessa canoa, de mais ninguém, senão eu afundo de novo. Deixe eu contar: não sei nadar!

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