terça-feira, 20 de junho de 2017

o Menina baiana - claquete 132

CENA: FM rebeldia

O MENINA BAIANA: É que o penúltimo tem a boca do terceiro. O último tem o beijo do primeiro que nunca foi beijado. O antepenúltimo tem um jeito diferente, coisa de irmão parceiro, embora ele diga que tem me querido a sua maneira polimorfa de querer. O que nunca foi agora quer ser. O que foi, foi de vez pra bem longe quando o antepenúltimo chegou o circo já estava armado e seguimos em paralelo. Tão bonito... Só um minuto. [Sai de cena por um minuto e volta] É isso que eles fazem sem avisar. Ficou pensando o que nesse minuto de silêncio? Me diga. [Pausa] Eu sempre crio a expectativa nos minutos de silêncio que cada um faz. Às vezes somam-se minutos e eu fico em instabilidade. Por quê? Fiz meus esforços e fui buscar realizar desejos com Silvana. Que pessoa apetitosa! Que pessoa firme! Que pessoa cheirosa e macia... Eu fui em Silvana e ela veio esfregando na minha cara enquanto eu me esquivava querendo tato. Ela queria mais e, não contente, passou a mão nela e meteu na minha boca. Eu tentando explicar a ela que... Coisa grudando a língua ao céu da boca, como uma cola. Eu tentei dissolver o grude que Silvana me meteu na boca. Eles gostam, elas também imagino que gosto. Eu não. O que entra na minha boca eu quem escolho. Quase fui à menina do samba mas ela nao me quis como Silvana.

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