sexta-feira, 9 de junho de 2017

o Menina baiana - claquete 105


O MENINA BAIANA: Isso não é preciso. Quando saio de lá sempre existe um dever de casa. É bonito isso. Dever de casa sabendo onde é que mora é muito bonito.  Dever é se escutar falando. Muita merda sai. O que fazer senão viver? Tem jeito? Se ainda tenho fé em santa Muerte, o jeito é um só. Sei que ela pode qualquer coisa mas aparecer é só quando quer, dilacerando tudo de tão poderosa que é. Eu entendo muitas coisas de maneira errada, muitas pessoas apontam. Tem algo que eu entendo muito rápido, ele disse, que vai me poupar mas que existe uma atenção especial nesse meu caso. Se o nome disso fosse outro que não viver, aí não teria mesmo outro jeito. Se meter em um furacão, ver o olho dele,  o umbigo de todos os ventos, é de arrombar um. Lascar tudo. Ver o que sobrar. Chamar por uma fé. Continuar.

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