terça-feira, 20 de junho de 2017

o Menina baiana - claquete 136

O MENINA BAIANA: Vou enviar uma descrição pra ela até quando ela voltar de viagem, deixei o cordão amarradinho pra quando ela voltar a gente se encontrar.

ALGUÉM AGORA: Din din don din don din din din din din din din din don...

O MENINA BAIANA: Lacan é um filósofo analítico. Vai à palavra, encurta as sessões. Vive o real. E ponto. Com certeza teria um Instagram  hoje! Vou a Wittgenstein. Camus é um Dostoiévski ate agora em a morte feliz. Vou ver o que há em O Homem Revoltado e se não tiver muita coisa vou a Wittgenstein. Investigações filosóficas o nome do livro. Eduardo Sande passou pela faculdade de filosofia? Na verdade, eu fico buscando uma companhia, nada mais que​ isso.

ALGUÉM AGORA: Gosta dessa realização?

O MENINA BAIANA: Quando encontro boa companhia sim. Uma companhia mental, sei lá, algo que encontrei com a psicanálise por uma década. Encontrei em Garcia Marquez, encontrei no livro sobre o Movimento Atensional, todos que encontrei. Saleme foi uma companheira muito importante pra mim. É diferente de buscar respostas pra algo, é uma busca por não estar completamente só e sentir o caminho se fazendo em saúde, em alteridade, em alteração. Romances não me apetecem. Não deixem uma criança ler José de Alencar. Mostrem João Ubaldo às meninas baianas, mostrem Vânia contando Riachão, Edu O. falando  da lagarta. Mostrem tudo  a menos romances a uma criança.

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