quarta-feira, 10 de maio de 2017

o Menina baiana - claquete 49

CENA: Humanos e formigas

O MENINA BAIANA: Eu sinto algumas dores. Sinto febre às vezes. Dores incuráveis, porém remediáveis. Hoje eu quis ser uma formiga. Sentindo raiva das formigas ao mesmo tempo, porque seres humanos são formigas -  ao invés de fazer crateras só pra dentro da terra e se organizar com outros bichos, não, acharam de aprender a fazer fogo e acabam com tudo. Eu me vejo mais só. As pessoas não querem saber das pessoas. Eu agora só quero saber da minha música. Eu vou levantar bandeira contra a violência à mulher. Uma mulher que já sofreu bastante violência. É o tempo todo. Pra entender onde não há e o que é essa violência é difícil, mas estou enxergando melhor do que antes. Estou ilhada musicalmente nesse momento. Eu tô fazendo outra coisa. Meu universo é uma ilha. A qualquer momento sucumbirá.

A AMIGO: Pareceu aquelas falas de Gil que ninguém entendia...

O MENINA BAIANA:  Então tenho história, tenho batalhas. E passei a me posicionar politicamente nas minhas relações.  Não é todo mundo que eu consigo deixar chegar, embora eu seja uma pessoa que deixe chegar. E eu quero me blindar com meus verdadeiros amores. Digo política não como uma forma, mas um posicionamento, posicionamento é mutável.

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